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Mercado de Capitais e sua contribuição na geração de empregos.

Uziel Santana[1]

Demétrius Cardoso[2]

 

Conceituar brevemente o mercado de capitais, é afirmar que o mesmo corresponde ao ambiente de investimentos e distribuição de valores mobiliários, tendo como alvo a liquidação (cumprimento de um pagamento, em síntese) de títulos emitidos por determinadas instituições, gerando praticidade no fluxo de capital nacional.

A forma de negociação mais disseminada atualmente, é a de ações, e isto envolve diretamente um dos mais importantes agentes do mercado, a saber a Bolsa de Valores, a qual se vale de investidores, ativos, interesses e o mais importante: o fluxo de capital que financia empresas de diversos ramos e influência. Tudo isto, envolvendo diversos profissionais dentro deste contexto (traders, agentes autônomos, etc.), implicando no fortalecimento do comércio e criando empregos.

Desta forma, conforme dados de 2018 extraídos da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima)[3], o desenvolvimento econômico que o mercado de capitais poderia gerar – seguindo dados de crescimento recente-, impulsionaria não apenas a geração de empregos (mais de 1,7 milhões de empregos[4]), mas também em mais 3 áreas econômicas: investimentos em geral, arrecadação de impostos e PIB per capita.

Isso representa um grande impacto, se pensarmos no mercado de capitais como forma de alavancar negócios e possibilitar novas formas de investimentos que fomentem o crescimento de diversas empresas nos mais diversos negócios.

Importa destacar que, o mercado de capitais consiste em um sistema propício para que empresas com projetos e objetivos consistentes, recebam recursos para executarem aquilo que almejam, convertendo-se – a longo-prazo – em empregos, criação de novas possibilidades empresariais (novos nichos econômicos, por exemplo), enriquecimento nacional (tendo em vista os impostos) e fortalecimento social (empregadores e empregados crescendo simultaneamente).

Só para ilustrar o impacto do mercado dentro do contexto nacionais, basta apenas correlatar o crescimento do patrimônio líquido da indústria de fundos em 2019 (chegou à R$5 trilhões[5], dentro dos mercados doméstico e offshore) com a porcentagem de 74% do PIB brasileiro em 2018, para percebermos o tamanho da influência que ele representar na vida econômica nacional.

Não sabemos, no momento, a resposta dos investidores futuramente, tendo em vista a atual latência de mercado ocasionada pelo covid-19, mas sabemos que o Mercado é um importante ambiente para que a reconstrução possa começar.

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[1] Advogado Master. Sócio-Fundador do SS Advocacia, Consultoria e Assessoria Jurídica. Coordenador do Núcleo Técnico-Jurídico de Comércio Internacional da firma.

[2] Estagiário e membro do Núcleo Técnico Jurídico (NTJ) de Direito Empresarial e Tributário.

[3]https://www.anbima.com.br/pt_br/imprensa/expansao-do-mercado-de-capitais-pode-gerar-1-7-milhao-de-empregos-adicionais-ao-brasil-em-cinco-anos-2CA08A8765917E4D01659F9E43B8412D.htm

[4] http://www.b3.com.br/pt_br/noticias/mercado-de-capitais-8AA8D0CC6612882501663666EBC57D93.htm

[5] https://www.anbima.com.br/en_us/imprensa/industria-de-fundos-alcanca-r-5-trilhoes-de-patrimonio-liquido.htm